O campo harmônico é um conceito fundamental na teoria da música ocidental que se refere a uma série de acordes construídos a partir das notas de uma escala. Ele é usado para criar progressões de acordes em uma determinada tonalidade e é fundamental para a criação de harmonias em músicas.
Para entender melhor o que é um campo harmônico, é importante entender o que são escalas e acordes. Uma escala é uma série de notas que segue uma sequência específica de intervalos de tons e semitons. Os acordes, por sua vez, são formados por duas ou mais notas tocadas simultaneamente.
O campo harmônico é formado pelos acordes que podem ser construídos a partir das notas de uma determinada escala. É importante notar que nem todas as notas da escala são usadas para construir acordes, mas sim apenas algumas delas. Essas notas são chamadas de graus da escala e cada grau tem um papel harmônico específico dentro do campo harmônico.
Por exemplo, o campo harmônico de C é construído a partir das notas da escala de C maior. Nessa escala, há sete graus: C, D, E, F, G, A, B. O campo harmônico de C é composto pelos acordes diatônicos construídos a partir desses graus: Cmaj7, Dm7, Em7, Fmaj7, G7, Am7 e Bm7b5. Os acordes com sétima (maj7, m7 e 7) são formados a partir da adição da sétima nota da escala ao acorde básico (tríade).
A progressão de acordes do campo harmônico é uma sequência de acordes diatônicos que segue uma determinada ordem, conhecida como a sequência de intervalos de acordes. Essa sequência é a mesma para todas as tonalidades maiores e menores e é importante para entender como os acordes se relacionam entre si.
A sequência de intervalos de acordes para a tonalidade maior é a seguinte: acorde maior, acorde menor, acorde menor, acorde maior, acorde maior, acorde menor com sétima, acorde diminuto. Já para a tonalidade menor, a sequência é a seguinte: acorde menor, acorde diminuto, acorde maior, acorde menor, acorde menor, acorde maior, acorde maior com sétima.
A progressão de acordes do campo harmônico é uma base comum para muitas músicas. Os compositores usam essa progressão para criar uma sensação de resolução e estabilidade harmônica, já que a sequência de acordes é construída com base na relação de cada grau da escala com a tônica. Isso cria uma sensação de "casa" quando o acorde final retorna à tônica, dando uma sensação de conclusão e finalização da música.
Em conclusão, o campo harmônico é um conceito fundamental na teoria musical ocidental. Ele é usado para criar progressões de acordes em uma determinada tonalidade e é importante entender como os diferentes graus da escala e acordes diatônicos se relacionam entre si. Ao compreender o campo harmônico, os músicos podem construir progressões de acordes interessantes e eficazes que evocam emoção e significado em suas músicas. Além disso, a compreensão do campo harmônico pode ajudar os músicos a improvisar e compor de maneira mais eficaz, pois fornece uma estrutura sólida para o desenvolvimento de ideias musicais.
É importante ressaltar que o campo harmônico não é uma regra estrita a ser seguida, mas sim uma ferramenta que pode ser usada de maneiras diferentes e criativas. Os músicos podem adicionar acordes fora do campo harmônico, modificar acordes existentes ou alterar a sequência de acordes para criar novos efeitos e emoções.
Além disso, é importante lembrar que o campo harmônico é apenas uma parte da teoria musical e que a música também envolve elementos como melodia, ritmo, dinâmica e textura. A compreensão desses elementos juntamente com o campo harmônico pode levar a uma compreensão mais completa da música e como ela funciona, criando progressões de acordes interessantes e eficazes que evocam emoção e significado em suas músicas.
C - D - E - F - G - A - B
Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Lá - Si
Segue um exemplo de tríade da nota de Dó Maior (acorde maior de C):
tônica: "I" nota Dó "C"
mediante: "III" nota Mi "E"
dominante: "V" nota Sol "G"
Agora um exemplo de tétrade da nota de Dó maior com setima maior (acorde com quatro notas CMaj7):
tônica: "I" nota Dó "C"
mediante: "III" nota Mi "E"
dominante: "V" nota Sol "G"
sensível: "VII" nota Sí "B"
Todos os acordes maiores com sétima maior, terão os mesmos intervalos.
Exemplo:
Dm "ré, fá, lá"
Dm7 "ré, fá, lá, dó"
I grau: iniciando na tônica, o acorde sempre é maior. ex: C
II grau: sempre menor. ex: Dm/
III grau: sempre menor. ex: Em/
IV grau: sempre maior. ex: F/
V grau: sempre maior com sétima. ex: G7 ou G/
VI grau: sempre menor. ex: Am/
VII grau: sempre meio diminuto. ex: Bm7(b5) ou BØ ou Bdim
Intervalos para um acorde MENOR, exemplo: Dm
1tom e meio da tônica para a terça (de ré para fá) 2tons da terça para quinta (de fá para lá) 1tom e meio da quinta para sétima (de lá para dó)
Todos os acordes MENORES com sétima MENOR, irão ter os mesmos intervalos.